OMS aponta preocupação com transmissão de gripe aviária entre humanos
Doença com alta taxa de mortalidade atinge vacas, cabras e humanos
Foto: Agência Brasil
A Organização Mundial da Saúde (OMS) manifestou "enorme preocupação" nesta quinta-feira (18) com a crescente propagação da cepa H5N1 da gripe aviária a novas espécies, incluindo os humanos, que enfrentam uma taxa de mortalidade “extraordinariamente alta” devido à doença.
O atual surto de gripe aviária começou em 2020 e causou a morte de dezenas de milhões de aves domésticas, com aves selvagens também infectadas, assim como mamíferos terrestres e marinhos.
De acordo com Jeremy Farrar, cientista-chefe da agência de saúde da ONU, a cepa A (H5N1) tornou-se “uma pandemia zoonótica animal global”.
“A grande preocupação, é claro, é que ao infectar patos e galinhas e, em seguida, cada vez mais mamíferos, esse vírus agora evolua e desenvolva a capacidade de infectar humanos e, depois, criticamente, também de passar de humano para humano”, completou.
Em um desenvolvimento preocupante, as autoridades dos EUA disseram no início deste mês que uma pessoa no Texas estava se recuperando da gripe aviária após ter sido exposta a gado leiteiro.
Esse foi apenas o segundo caso de um ser humano com teste positivo para gripe aviária no país e ocorreu depois que o vírus infectou mais de duas dezenas de rebanhos que aparentemente foram expostos a aves selvagens no Texas, no Kansas e em outros estados americanos.
Também parece ter sido a primeira infecção humana com a cepa do vírus influenza A (H5N1) por meio do contato com um mamífero infectado, disse a OMS.
Entre o início de 2023 e o dia 1 de abril de 2024, a OMS indicou ter registrado um total de 889 casos humanos de gripe aviária em 23 países, incluindo 463 mortes, o que representa uma taxa de letalidade de 52%.