Coronavírus

OMS: Brasil quer vacinar 20% da população contra Covid-19

Governo brasileiro confirmou participação na aliança mundial de vacinas

Por Da Redação
Ás

OMS: Brasil quer vacinar 20% da população contra Covid-19

Foto: Fabrice COFFRINI/AFP

O governo brasileiro confirmou participação na aliança mundial de vacinas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e se compromete a imunizar 20% da população do país, mais de 40 milhões de pessoas, contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O governo optou por um acordo flexível com o órgão para ajustar o engajamento com os acordos bilaterais que já fechou com multinacionais do setor farmacêutico. No total, a aliança custará mais de R$ 4 bilhões. As informações são do portal Uol. 

A aliança permite que governos busquem a imunização para uma proporção da população que vai de 10% a 50%. O Brasil se comprometeu com 20%. Até o momento, o acordo não é vinculante. Ou seja, se nas próximas semanas não houver um acordo sobre o pagamento e condições o governo ainda pode desistir do projeto. Segundo a Uol, a OMS e entidades internacionais criaram o sistema e estabeleceu um preço de US$ 10,00 por dose, cerca de R$ 55. A estimativa é de que uma imunização exigirá duas doses da vacina.

O valor é significativamente mais baixo do que empresas de ponta anunciaram nos últimos meses. A vantagem da aliança é sua capacidade de negociar um desconto importante com empresas, já que oferece em troca uma garantia de compras de bilhões de doses.

Flexibilidade

De acordo com documentos enviados pelo consórcio ao Brasil na semana passada, os governos precisariam se comprometer a comprar um certo volume da vacina por um determinado preço, seja qual for a fabricante. Se optassem por esse caminho, teriam prioridade na distribuição.

Mas havia uma opção com maior flexibilidade, criada pela OMS justamente para atrair os governos que já tinham acordos paralelos com fabricantes. Os últimos dias foram marcados por intensas reuniões na Casa Civil, Ministério da Saúde e no Itamaraty, justamente para definir de que forma isso ocorreria.

Para países que já fecharam um acordo bilateral com uma empresa, como no caso do Brasil e de outras grandes economias, haveria a possibilidade de que o governo em questão opte por não entrar na primeira distribuição da aliança caso a vacina oferecida pela OMS seja exatamente da mesma companhia com a qual o Brasil já teria um acordo. Assim, não precisariam pagar duas vezes.

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