ONU afirma que “não há comida suficiente” em Gaza
Abrigos operam quatro vezes acima da capacidade
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Foto: Pnud/Abed Zagout
A Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa), informou nesta segunda-feira (29) que “simplesmente não há comida suficiente” em Gaza, com pessoas fazendo fila no frio e chuva para obter alimentos. A entidade ressaltou ainda, que seus abrigos estão com quatro vezes mais pessoas que a capacidade.
O Escritório de Coordenação de Ajuda da ONU (Ocha), nas suas últimas atualizações, relatou intensos combates em Khan Younis, região próxima a dois hospitais.
O primeiro é Nasser, onde segundo a organização Médicos Sem Fronteiras, muitos pacientes feridos “não têm opções de tratamento em meio aos intensos combates” e o segundo é o Al Amal, onde a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino relatou bombardeios contínuos nas imediações.
Segundo o Ocha, há também relatos de palestinos fugindo para o sul, para Rafah “que já está superlotada, apesar da falta de passagem segura”.
Atualmente, mais de 2 milhões de pessoas em Gaza dependem da Unrwa para a sua sobrevivência, mas a operação humanitária “está em colapso”, alertou Lazzarini.
O subsecretário-geral para os Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, disse que “o povo de Gaza tem suportado horrores e privações impensáveis há meses” e que as necessidades nunca foram tão altas. Para ele, a capacidade da organização de prestar ajuda também nunca esteve sob tamanha ameaça.
Hoje, cerca de 3 mil deles continuam trabalhando em uma zona de guerra, encarregados de gerir abrigos para mais de 1 milhão de pessoas, fornecendo alimentos e cuidados de saúde a civis em extrema necessidade desde o início do conflito.
Até o momento, mais de 26.420 pessoas foram mortas em Gaza desde 7 de outubro, conforme dados do Ministério da Saúde de Gaza. Cerca de 1.269 soldados israelenses também perderam a vida em confrontos, segundo os militares israelenses.