ONU condena ataque de Israel que deixou 45 mortos em Rafah

A agência da ONU para refugiados palestinos (Unrwa), afirmou, na última segunda-feira (27), que as informações vindas de Rafah, cidade ao sul da Faixa de Gaza, sobre novos ataques a famílias que buscam abrigo “são horríveis”. 

A reação divulgada pela agência, através das redes sociais, ocorreu após o Ministério da Saúde de Gaza informar que cerca de 45 pessoas morreram durante um ataque de Israel em uma área designada para deslocados em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, no domingo (26). 

Segundo a Unrwa, há relatos de mortes em massa, incluindo crianças e mulheres entre os mortos. “Gaza é o inferno na terra. As imagens da noite passada são mais uma prova disso", adicionou a agência. 

O coordenador especial da ONU para o Processo de Paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, condenou os ataques aéreos, ressaltando a necessidade de uma investigação "completa e transparente".  

Ele mencionou a alegação das Forças de Defesa de Israel de que haviam atingido uma instalação do Hamas e matado dois militantes seniores nos ataques. Wennesland acrescentou que estava "profundamente preocupado" com a morte de mulheres e crianças em uma área onde as pessoas haviam buscado abrigo.

Ataque de Israel 

No último domingo (26), o Ministério da Defesa de Gaza informou que 45 pessoas morreram após um bombardeio israelense em Rafah. A área atingida foi classificada como uma zona humanitária delimitada pelo próprio Exército israelense, conforme afirmaram autoridades palestinas e organizações internacionais.

"O massacre em Rafah ontem deixou 45 mártires, incluindo 23 mulheres, crianças e idosos. Outros 249 ficaram feridos", disse o Ministério da Saúde de Gaza, em um comunicado na manhã desta segunda-feira (27).