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ONU lamenta assassinato de congolês no Rio de Janeiro

Coalizão Negra por Direitos envia à organização um documento em que denuncia racismo

Por Da Redação
Ás

ONU lamenta assassinato de congolês no Rio de Janeiro

Foto: Reprodução

A Organização das Nações Unidas (ONU) lamentou nessa terça-feira (1°), por meio de nota, o assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe. O africano morreu após ser espancado a pauladas por supostos seguranças do quiosque Tropicália, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Ele trabalhava no local e cobrou uma quantia de R$ 200 por serviços prestados, no último dia 24, quando o caso aconteceu. 

As agências da ONU para Refugiados (Acnur) e para Migrações (OIM) prestaram condolências e solidariedade à família de Moïse e a toda comunidade congolesa residente no Brasil. “As equipes do PARES Cáritas RJ, do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e da OIM (Agência da ONU para Migrações) no Brasil receberam, com enorme consternação, a notícia da morte do refugiado congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, brutalmente espancado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro", diz a nota.

A Coalizão por Direitos Negros enviará nesta quarta-feira (2) uma denúncia ao Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial na ONU para pedir proviências. No documento, serão apontados os possíveis crimes de racismo e xenofobia. A articulação reúne mais de 200 entidades, coletivos e organizações do movimento negro. 

Na última terça (1°), um homem se apresentou à polícia e assumiu a autoria do assassinato. Além disso, a Polícia Civil já identificou outras três pessoas suspeitas de participação no crime.

Leia íntegra da nota 

“As equipes do PARES Cáritas RJ, do ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) e da OIM (Agência da ONU para Migrações) no Brasil receberam, com enorme consternação, a notícia da morte do refugiado congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, brutalmente espancado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. Moïse chegou ao Brasil ainda criança, acompanhado de seus irmãos. No país, ele e sua família foram reconhecidos como refugiados pelo governo brasileiro. 

Ele era uma pessoa muito querida por toda a equipe do PARES Caritas RJ, que o viu crescer e se integrar. O PARES Cáritas RJ, o ACNUR e a OIM estão acompanhando o caso, esperando que o crime seja esclarecido. Neste momento, as organizações apresentam suas sinceras condolências e solidariedade à família de Moïse e à comunidade congolesa residente no Brasil. Equipes PARES Cáritas RJ, ACNUR Brasil e OIM Brasil.”

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