ONU pede que autoridades apurem morte de homem em viatura da PRF em Sergipe
Genivaldo Jesus Santos, de 38 anos, morreu durante abordagem com gás dentro do carro da corporação
Foto: Reprodução/Redes Sociais | Reprodução/TV Record
O escritório de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas) na América do Sul cobra das autoridades brasileiras uma investigação rápida e "completa” da morte de Genivaldo de Jesus dos Santos, asfixiado nesta semana pela Polícia Rodoviária Federal em uma ação em Umbaúba (SE). O comunicado foi publicado no site da ONU no Brasil.
De acordo com as investigações realizadas, Genivaldo tinha esquizofrenia, foi preso na parte de trás da viatura e obrigado a aspirar até a morte os gases de uma bomba de gás lacrimogêneo jogada no automóvel, na quarta-feira (25).
“A morte de Genivaldo, em si chocante, mais uma vez coloca em questão o respeito aos direitos humanos na atuação das polícias no Brasil”, disse o chefe do escritório, Jan Jarab.
A nota reforça o pedido para que sejam cumpridas as normas internacionais de direitos humanos e que os agentes responsáveis pela ação, que transformou uma viatura da PRF em uma espécie de “câmara de gás”, sejam levados à Justiça.
“A violência policial desproporcionada não vai parar até as autoridades tomarem ações definitivas para combatê-la, como a perseguição e punição efetiva de qualquer violação de direitos humanos cometida por agentes estatais, para evitar a impunidade”, acrescenta.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) anunciou, na quinta-feira (26), o afastamento dos agentes envolvidos na morte de Genivaldo de Jesus Santos. Em nota, a corporação afirmou que instaurou um processo disciplinar “para elucidar os fatos” e os agentes foram afastados das atividades de policiamento.