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Operação da PF mira exploração ilegal de diamantes em terras indígenas

Operação Crassa para cumpriu 53 mandados de busca e apreensão

Por Da Redação
Ás

Operação da PF mira exploração ilegal de diamantes em terras indígenas

Foto: Divulgação

A Polícia Federal fez na quinta-feira (24), uma operação contra a exploração ilegal de diamantes extraídos ilegalmente da Terra Indígena Roosevelt, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso. Cerca de 150 agentes federais participaram da Operação Crassa, deflagrada nas primeiras horas da manhã, para cumprir 53 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal da Subseção Judiciária de Rondônia.

Homologada em 1991, a reserva ocupada por grupos da etnia Cinta Larga e Suruí costuma ser apontada como uma das potenciais maiores reservas de diamantes do mundo. E há tempos é alvo da cobiça de garimpeiros e madeireiros. Na operação, os alvos dos mandados judiciais são garimpeiros, lideranças indígenas, comerciantes e intermediários. 

De acordo com a PF, todos estão envolvidos em um esquema ilegal que a corporação investiga desde 2018, quando prendeu em flagrante três pessoas que transportavam valiosos cristais. Eles admitiram ter sido extraídos do interior da terra indígena. Os mandados judiciais estão sendo cumpridos em Rondônia, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Roraima e São Paulo e no Distrito Federal. 

Ainda segundo informações da PF, ao longo da investigação iniciada em 2018, reuniu provas que apontam que os investigados cometeram os crimes de usurpação de bens da União, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além disso, os diamantes extraídos ilegalmente da reserva indígena são vendidos, ilegalmente, tanto no mercado nacional, quanto no exterior.

Denúncia

O Conselho Missionário Indigenista (Cimi) vem denunciando, no relatório anual sobre a violência contra os povos indígenas, a presença de garimpeiros e madeireiros no interior da Terra Indígena Roosevelt e o eventual aliciamento de indígenas. No texto, divulgado em 2011, o conselho, vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), apontou que a invasão e a extração ilegal de diamantes tinha voltado a se intensificar a partir de 2001 “destruindo o meio ambiente, contaminando a água e o solo, e levando doenças como a malária a se proliferar” entre os índios.

No documento divulgado em 2011, com dados do ano anterior, o conselho, vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), apontou que a invasão e a extração ilegal de diamantes tinha voltado a se intensificar a partir de 2001 “destruindo o meio ambiente, contaminando a água e o solo, e levando doenças como a malária a se proliferar” entre os índios. Após a denúncia, a PF e outros órgãos vêm realizando recorrentes ações Ao longo dos anos para coibir o garimpo ilegal na região. 
 

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