Operação Faroeste: CNJ deve intervir no TJBA devido aos casos persistentes de corrupção
Nós próximos dias, órgão deverá investigar escândalo envolvendo a magistratura
Foto: Reprodução/TJBA
Nos próximos dias, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deverá investigar um grande escândalo envolvendo a magistratura, conforme relatado pela revista Veja. Tanto as investigações da Polícia Federal, através da Operação Faroeste, quanto as do próprio órgão, indicam a existência de um esquema de corrupção institucionalizado que ainda persiste no Judiciário da Bahia. Há até mesmo a possibilidade de intervenção no tribunal.
Em 2019, a PF desmontou um esquema de venda de sentenças no TJ-BA. Desembargadores, juízes, advogados e empresários foram presos. Dono de um império na Bahia, o fazendeiro
Walter Horita fechou acordo com a PGR, até hoje sigiloso, em que confessa ter comprado decisões de magistrados baianos.
Ao investigar os fatos reunidos pela PF no Judiciário baiano, o CNJ constatou que dezenas de desembargadores se deram por impedidos em diferentes procedimentos que deveriam limpar o sistema judicial.
“Estamos pensando em alguma forma de intervenção”, disse o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, que esteve no tribunal baiano nesta semana para ver de perto as situações relatadas.