Operação Faroeste: ex-presidente do TJ-BA contrata advogado especialista em delação premiada

Conforme antecipado pela coluna Notas do Carvalho, as possíveis delações dos envolvidos na Operação Faroeste, instaurada a partir da descoberta de indícios da existência de uma organização criminosa que operou no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) entre 2013 e 2019 já se articulam para fechar acordo de delação. (Clique aqui). 

Mesmo antes da divulgação de outros pen drives, apreendidos durante a operação, a desembargadora Maria do Socorro Santiago, contratou o advogado criminalista André Luís Callegari, especialista em delação premiada, para fazer sua defesa na ação penal originada na Operação.  A desembargadora está presa preventivamente na Papuda por descumprir as medidas cautelares impostas pelo ministro Og Fernandes, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O esquema envolveu a venda de sentenças e outros crimes que tinham como propósito permitir grilagem de cerca de 360 mil hectares de terra no oeste baiano.

Operação 

A operação foi deflagrada a pedido da PGR e da PF, e ocorreu um dia antes das eleições para presidência do TJ/BA, que estavam marcadas para o dia 20 de novembro. 

O inquérito do MPF apura suspeitas de crimes como corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A investigação teria se iniciado por suspeitas do envolvimento do presidente do TJ/BA em um esquema de grilagem de terras no oeste da Bahia, caso que também está sob apuração no CNJ. 

Segundo o MPF, as informações já reunidas no inquérito revelaram a existência de um esquema de corrupção praticado por uma organização criminosa integrada por magistrados e servidores do TJBA, advogados e produtores rurais que, juntos, atuavam na venda de decisões para legitimar terras no oeste baiano.