Operação Faroeste: STJ revoga prisão domiciliar da desembargadora Sandra Inês
A desembargadora e o filho fizeram delação premiada às autoridades
Foto: Reprodução
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e relator da Operação Faroeste, Og Fernandes, revogou nesta segunda-feira (25) a prisão domiciliar da desembargadora Sandra Inês Rusciolelli. Presa desde março do ano passado, ela prestou delação premiada para colaborar na condução das investigações.
Com seis meses de prisão a desembargadora foi transferida para prisão domiciliar. Com a revogação, ela deverá continuar fazendo o uso da tornozeleira eletrônica.
O advogado Vasco Rusciolelli, filho de Sandra Inês, também teve a prisão domiciliar revogada por Og Fernandes. A decisão foi tomada sob alegação do tempo de prisão e postura colaborativa com as investigações.
Além do uso da tornozeleira eletrônica, ambos não poderão acessar as dependências do Tribunal de Justiça da Bahia, além de não ter autorizaçao para se comunicar com outros investigados da Faroeste, exceto um com o outro, ou com funcionários da Corte e também não podem sair de Salvador.
Pedro Henrique Duarte, advogado de Sandra Inês, tentou fazer com que não fosse necessário o uso do equipamento de monitoramento, alegando que mãe e filho "se veem com sirenes alarmando nas tornozeleiras, notadamente, à noite, ou em véspera de fins de semana, impedindo o descanso noturno deles e dos respectivos cônjuges". O pedido foi negado pelo ministro do STJ.
Denunciados por crimes de corrupção e lavagem de dinheiro e por supostamente integrar organização criminosa, a Sandra Inês e o filho mencionaram 12 desembargadores do TJ-BA, 12 juízes, além de 15 advogados e outros 16 funcionários da corte nas delações premiadas. Políticos, empresários e agentes públicos também estão sendo investigados.