Operação na Bahia desmonta esquema de sonegação fiscal que causou prejuízo superior a R$ 129 milhões
Foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão em São Paulo e na Bahia
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Foi deflagrada, na manhã desta quinta-feira (19), a 'Operação Fio Condutor', Força-Tarefa que investiga a prática de sonegação fiscal por empresários do setor de comercialização de fios e cabos elétricos de cobre. De acordo com informações dos investigadores, o grupo teria sonegado mais de R$ 129 milhões em impostos.
Mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos na Bahia, no município de Camaçari, e em São Paulo, na capital e cidades de Cotia e Guarulhos. Também foi solicitado o bloqueio dos bens das pessoas físicas e jurídicas envolvidas para garantir a recuperação dos valores sonegados.
A ação resulta de investigação iniciada pela Promotoria Regional Especializada no Combate à Sonegação Fiscal de Camaçari, em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf), do Ministério Público estadual. A operação visa interromper o esquema e coletar provas.
A inteligência da Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), em conjunto com o MPBA e a Polícia Civil, identificou um esquema fraudulento que utilizava empresas fantasmas sediadas em São Paulo. Essas empresas emitiam notas fiscais eletrônicas irregulares, simulando vendas de mercadorias para gerar créditos fictícios de ICMS para outras empresas do grupo na Bahia.
Também eram utilizadas empresas em nome de terceiros para produção e comercialização de fios de cobre, que posteriormente eram sucedidas por outras empresas do mesmo grupo e da mesma atividade industrial, prática essa que gerou valores milionários de débitos tributários de ICMS.
A Força-Tarefa é composta pelo Gaesf, do MPBA; Inspetoria Fazendária de Investigação e Pesquisa (Infip), da Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia; pela Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Ceccor/LD); e do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), da Polícia Civil da Bahia.