Operação Overclean: R$ 3,3 milhões foram apreendidos pela Polícia Federal, diz colunista
Dinheiro, bens de luxo e conexões políticas marcam desdobramentos da operação

Foto: Reprodução
A Polícia Federal (PF) apreendeu R$ 3,3 milhões em dinheiro vivo durante a Operação Overclean, que mira o empresário baiano José Marcos de Moura, conhecido como “Rei do Lixo”, e outras 16 pessoas. A informação foi divulgada pela jornalista Malu Gaspar do jornal O Globo.
A operação investiga um esquema de desvio de emendas parlamentares, com recursos destinados a prefeituras através de contratos fraudulentos, por meio do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS).
O dinheiro foi encontrado em diversas situações durante as diligências, incluindo sacolas, veículos, cofres e até dentro de residências e escritórios dos investigados.
Dentre as apreensões, está o valor de R$ 220 mil, que o vereador Francisco Nascimento, primo do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), jogou pela janela de um apartamento em Salvador, na tentativa de esconder a quantia durante a operação.
A operação também revelou um acervo de itens de luxo, como sete relógios Rolex e outros 91 acessórios de grifes renomadas, apreendidos com Moura, que, além do dinheiro, acumulava R$ 717 mil em espécie, distribuídos entre maços de reais, dólares e euros, encontrados tanto em sua residência quanto na sede de uma de suas empresas, a MM Limpeza Urbana.
Investigação segue na Bahia
Relator do caso "Rei do Lixo" no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Nunes Marques determinou que a investigação da Polícia Federal no âmbito da operação Overclean deve seguir na Bahia.
O inquérito havia sido enviado para o STF em janeiro, devido à menção ao líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA). A legislação estabelece que, quando uma investigação em instâncias inferiores se depara com fatos relacionados a uma autoridade com prerrogativa de foro, ela deve ser remetida a instâncias superiores.
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