Operação Samaúma aplicou R$ 57 milhões em multas ambientais, aponta balanço
A ação faz o uso das Forças Armadas na Amazônia Legal para combater desmatamento
Foto: Reprodução/Redes sociais
Segundo o novo balanço das ações da Operação Sumaúma, apresentado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, na quarta-feira (18), o valor das multas aplicadas nas estratégias preventivas e repressivas contra crime ambientais chega a R$ 57 milhões. A operação faz o uso das Forças Armadas para conter ações de desmatamento e atividades predatórias na Amazônia Legal.
Além disso, também foi feito o recolhimento de quase seis mil metros cúbicos (m³) de madeira extraída ilegalmente da região em 100 ações preventivas realizadas pela Operação.
Segundo Mourão, atualmente cerca de 70% do desmatamento decorre de atividades ilegais e a falta de regularização fundiária é um dos principais fatores que dificultam a vigilância das matas. Na concepção dele, a efetivação da bioeconomia e a identificação de cadeias de valor específicas para cada região podem contribuir para o fim do desmatamento ilegal até 2030.
"Hoje o que eu posso dizer é que o nosso maior problema com o desmatamento ilegal está ligado às terras públicas. Temos 500 mil km² de terras que não são nem unidades de conservação, nem terras indígenas e nem estão distribuídas para entes privados. Obviamente, elas são sujeitas a invasão. A partir daí, o peso do Estado tem que se fazer sentir para evitar o aumento da ilegalidade", disse durante a coletiva.
O emprego das Forças Armadas na Amazônia Legal está em vigor desde 28 de junho, com previsão até 31 de agosto. O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que prevê ações, foi assinado pelo presidente Jair Bolsonaro.