Oposição a Lira vai ao STF contra anulação de bloco de partidos que apoiavam Baleia
Polêmica ocorreu após Maia aceitar a inclusão do PT no grupo mesmo após o fim do prazo

Foto: Reprodução/STF
Partidos da Câmara dos Deputados que apoiavam a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP) anunciaram na madrugada desta terça-feira (2), que vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o primeiro ato do presidente eleito da Casa, Arthur Lira (Progressistas-AL). Minutos após assumir a cadeira e fazer um discurso de conciliação, Lira anulou um ato de seu antecessor, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidindo não considerar a formação do bloco de dez partidos que apoiou Baleia Rossi (MDB-SP), seu adversário na disputa.
Além de eleger o presidente, os deputados iriam definir a composição da chamada Mesa Diretora, grupo formado por outros seis parlamentares (sem contar os suplentes) que participam das decisões de comando do Legislativo, desde medidas administrativas a questões políticas, como a aceitação de um pedido de cassação. Na prática, a decisão de Lira permite que cinco das seis principais vagas na Mesa Diretora fiquem com parlamentares do seu grupo. Apenas o PT manteria um assento. A formação dos blocos é importante porque é com base no tamanho de cada um que é definida a distribuição dos demais cargos na Mesa Diretora.
O ato de Lira ocorreu após Maia aceitar a inclusão do PT no grupo mesmo após o fim do prazo, que se encerrou às 12h desta segunda-feira (1º). O partido alegou problemas técnicos do sistema de registro. A decisão do agora ex-presidente da Câmara gerou protestos do deputado do Progressistas, que chegou a bater boca com Maia durante reunião mais cedo e ameaçou judicializar a questão, mas depois recuou. Agora, um novo cálculo será feito levando em conta apenas a composição dos blocos registrados até as 12h desta terça. O que impede a entrada do PT e Solidariedade, por exemplo, nas contas do novo cálculo.