Otan não enviará tropas para lutar ao lado dos ucranianos, afirma Stoltenberg
Ainda que a organização defenda que não tomou parte no conflito, países membros podem oferecer ajuda humanitária e militar

Foto: Flickr / OTAN
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou nesta terça-feira (1°) que a organização não enviará tropas para lutar ao lado da Ucrânia. Mesmo que, institucionalmente, a Otan defenda que não tomou parte no conflito, os países membros podem oferecer ajuda humanitária e militar.
Apesar de ser um país parceiro, a Ucrânia não faz parte da aliança militar multinacional. O interesse em participar do acordo é um dos motivos do conflito com a Rússia.
“Os [países] aliados da Otan fornecem diferentes tipos de apoio militar [ao governo ucraniano]: material, armas antitanque, sistemas de defesa aérea e outros tipos de equipamento militar, além de ajuda humanitária e também apoio financeiro, mas a Otan não deve fazer parte do conflito e não enviará tropas ou aviões para a Ucrânia”, disse o presidente geral, após uma visita a base aérea polonesa na companhia do presidente da Polônia, Andrzej Duda.
Segundo Stoltenberg, o líder russo Vladimir Putin “destruiu a paz na Europa” ao atacar a Ucrânia de forma “inaceitável” e, diante disso, a Otan acionou, pela primeira na história, sua Força de Resposta militar.
“A guerra de Putin afeta a todos nós. E os Aliados da Otan estarão sempre juntos. Para defender e proteger uns aos outros”, disse o secretário-geral, destacando a presença de jatos de combate americanos na base aérea polonesa de Lask e a chegada de tropas francesas à Romênia.
“Protegeremos e defenderemos cada centímetro do território da Otan”, acrescentou Stoltenberg. “Mas não buscamos o conflito com a Rússia, que deve parar imediatamente a guerra, retirar todas as suas forças [militares] da Ucrânia e se engajar de boa fé nos esforços diplomáticos”, ponderou.
No mesmo contexto, o presidente polonês Andrzej Duda reforçou a fala de Stoltenberg. “Como o secretário-geral disse, não estamos enviando jatos para a Ucrânia pois isto configuraria uma interferência militar no conflito ucraniano. A Otan não é parte nesse conflito. No entanto, a Polônia está apoiando os ucranianos com ajuda humanitária”, explicou.