Pacientes com fobias enfrentam dificultades para realizar ressonância magnética e tomografia; confira as soluções
Os casos são mais comuns em pessoas ansiosas, que apresentam dores ou movimentos anormais
Foto: Reprodução/Twitter
Alguns pacientes apresentam fobias diante do processo de ressonância magnética ou tomografia. Esses casos são mais comuns em pessoas ansiosas, naquelas que apresentam dores ou movimentos anormais, idosos, crianças e, em especial, claustrofóbicos.
"O medo, a ansiedade e a claustrofobia em pacientes que necessitam realizar ressonância magnética são significativos, a ponto do médico contraindicar a realização do exame, dificultando a detecção precoce de escleroses, derrames, tumores, entre outras anomalias", explicou o coordenador da radiologia do Hospital Albert Sabin (HAS), Marcos Duchene, em entrevista ao Portal PEBMED.
"Pessoas com essas limitações costumam apresentar níveis elevados de ansiedade capazes de interromper o procedimento devido a realização de movimentos involuntários, o que pode repercutir na qualidade e no tempo do exame, sendo necessário repetir novas sequências para a aquisição de novas imagens", contou Duchene.
Um estudo realizado em uma clínica de radiologia de Londrina, no Paraná, em 2004, revelou que 24% dos clientes entrevistados disseram que a necessidade em permanecer imóvel durante o exame causou desconforto. O levantamento contou com 100 pacientes maiores de 18 anos de ambos os sexos.
Em seguida, o exame mostrou que 23% queixaram-se do barulho emitido pelo aparelho. Outros 14% relataram que a forma de túnel do aparelho causou claustrofobia. Já 3% apontaram que a dor provocada pela doença, associada à imobilidade corporal, elevou o desconforto durante a realização do exame e 3% destacaram não conseguiram realizar o exame por apresentarem sintomas de ansiedade e claustrofobia.
Diante disso, a medicina ressalta que uma das soluções para lidar com esses casos é a utilização de anestesia, com uma combinação de anestésicos venosos e inalatórios. Segundo Marcos Duchene, o efeito da sedação dura apenas o tempo do exame. Sendo assim, após permanecer na sala de recuperação e ser avaliado pelo anestesista, o paciente recebe alta.
Outro método utilizado é um aparelho de ressonância magnética, tecnologia que permite a avaliação de partes específicas do corpo sem a necessidade de o paciente entrar completamente dentro do equipamento.