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Política

Padre Kelmon é exonerado da Igreja Ortodoxa Grega e proibido de ministrar celebrações ou bênçãos

Ex-candidato à Presidência foi eleito bispo na Santa Igreja, mas também teve a decisão revogada

Por Da Redação
Ás

Padre Kelmon é exonerado da Igreja Ortodoxa Grega e proibido de ministrar celebrações ou bênçãos

Foto: Divulgação

O Padre Kelmon, ex-candidato à Presidência pelo PTB nas eleições de 2022, foi exonerado e desincardinado pela Igreja Ortodoxa Grega na América e no Exterior, em um ofício publicado no dia 18 de abril. De acordo com o documento, o pedido foi feito pelo próprio Kelmon através de um áudio enviado pelo aplicativo de troca de mensagens WhatsApp.

A decisão foi proferida e assinada pelo presidente da Igreja Grega no Brasil, Dom Nektários de Augustamnica, que informou a revogação e exoneração do Padre Kelmon, que havia sido eleito bispo da Santa Igreja, por ter infringido o Canone Apóstolico 31 (abandono da Igreja e Sacerdócio) e culminado com a regra 62 (desobediência a sua Jurisdição ao não cumprir com as obrigações). 

"Sendo assim está desincardinado, não pertencendo, não exercendo fala por qualquer meio de comunicação e não representando mais a nossa Santa Igreja Ortodoxa Grega na América e Exterior, bem como não podendo ministrar nenhum tipo de Sacramento, Ofício ou Bênção, pois não terá validade", diz o texto. 


Outras polêmicas

Há pouco mais de um mês, o então Padre Kelmon se envolveu em uma polêmica ao processar a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquina no Brasil, onde pediu uma indenização de R$ 500 mil por danos morais e direito de resposta da instituição. Ele alegou na justificativa que a igreja o prejudicou durante as eleições porque a igreja afirmou que ele não tinha vínculo com a religião. 

Na mesma época, a Conferência Nacional dos Bispos (CNBB) também divulgou nota informando que o candidato também não era sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana. 

Há mais de cinco meses, Kelmon também foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. Após essa ocorrência, ele utilizou as redes sociais para informar que faria parte de outra denominação religiosa, e passou ser padre na Igreja Ortodoxa Grega da América e Exterior, mas também foi exonerado. 

Um ano antes das eleições de 2022, o Farol da Bahia apurou uma denúncia sobre a atuação do então padre na comunidade quilombola de Bananeiras, na Ilha de Maré, em Salvador. No local, ele atuava como padre e afirmava ser da Igreja Ortodoxa de Malankara, mas a informação foi negada pela Catedral Ortodoxa Antioquina do Brasil.
 

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