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Bahia

Padroeira dos bombeiros, Santa Bárbara é uma das santas mais antigas da Igreja Católica

Conheça a história da santa, que foi morta pelo próprio pai

Por Da Redação
Ás

Padroeira dos bombeiros, Santa Bárbara é uma das santas mais antigas da Igreja Católica

Foto: Bruno Concha/Secom

Considerada a padroeira de todos os profissionais que lidam com o fogo, como bombeiros, e protetora contra tempestades e trovões, Santa Bárbara é venerada nas igrejas católica, ortodoxa, anglicana e nas religiões afro-brasileiras, tem seu dia comemorado neste domingo, 4 de dezembro. 

Santa Bárbara é uma das santas mais antigas do calendário litúrgico da Igreja Católica e tem algumas semelhanças com São Jorge, como o país de nascimento, por exemplo. 

Se Jorge teria nascido em Capadócia, na Turquia, Bárbara teria nascido em Nicomédia, atual Izmit, também na Turquia, no ano 280. Outra semelhança é que os dois eram cristãos e viveram em um período em que a região em que moravam era dominada pelo Império Romano, que só adotaria o cristianismo como religião em 380. 

Santa Bárbara era a única filha de um homem rico chamado Dióscoro, que tinha receio de deixar a menina conviver com sociedade na época e a deixou trancada em uma torre.

Depois de ter crescido e se tornado uma mulher muito bela, Bárbara passou a ter diversos pretendentes para casar, mas recusou todos. A atitude fez com que o pai lhe permitisse ir à cidade, mas o contato com o mundo a fez conhecer outros cristãos, o que a fez decidir se dedicar somente ao cristianismo.

A opção de Santa Bárbara, porém, desagradou profundamente o pai, que a denunciou às autoridades romanas. Ao ser entregue para o Império Romano, a religiosa foi torturada, pois o objetivo dos romanos era fazer com que Bárbara negasse a Cristo, o que não aconteceu e ela foi condenada à morte. 

A santa foi morta no ano de 317, aos 37 anos, pelo próprio pai. Após matar a própria filha, Dióscoro morreu atingido por um raio. Foi neste momento que surgiu a fama da futura santa como protetora contra tempestades, raios e trovões.

Sincretismo

Ao chegarem no Brasil, negros africanos, principalmente os Yorubás, praticavam o candomblé. Mas, na colônia portuguesa, houve a imposição do catolicismo pelos brancos. 

Por terem sido impedidos de seguir as tradições religiosas nativas, os negros passaram a identificar suas divindades com as dos santos católicos, como uma forma de continuar exercendo a sua fé tradicional. 

Santa Bárbara e Iansã

A relação com os raios, trovões e tempestades fez com que Santa Bárbara fosse sincretizada, nas religiões afro-brasileiras, com a orixá Iansã. 

Apesar de histórias de vida diferentes, Santa Bárbara e Iansã possuem semelhanças que as unem. Iansã é deusa da espada de fogo, dona das paixões, rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões e vendavais e também recebe homenagens do povo de santo neste 4 de dezembro. 

Ou seja, tanto Iansã quanto Santa Bárbara são entidades religiosas ligadas à proteção contra raios, trovões e tempestades. 

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