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'Pagodeiro do PCC': investigado por esquema em fraudes de licitações com prefeituras no Brasil é preso na Bahia

Empresas de Vagner Borges Dias tinham contratos com prefeituras e Câmaras de todo o país

Por Da Redação
Ás

Atualizado
'Pagodeiro do PCC': investigado por esquema em fraudes de licitações com prefeituras no Brasil é preso na Bahia

Foto: Reprodução

O empresário Vagner Borges Dias, foragido desde abril de 2024, foi preso na segunda-feira (27) em Jacuípe, no litoral da Bahia. Ele é dono de diversas empresas que mantinham contratos fraudulentos com prefeituras e câmaras de todo o país. Segundo a polícia, o investigado também tem ligação com a organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Conhecido como Latrell Brito, o homem – que também é cantor de pagode – foi preso em flagrante por uso de documento falso. Segundo a Promotoria de Justiça de Guarulhos, o empresário morava na Bahia sob a identidade de Moisés Mota Sena.

Vagner foi detido pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco) da Bahia, com apoio da Polícia Militar, enquanto saía da praia.

Como Latrell Brito, Vagner seguia carreira no pagode e tem quase um milhão de seguidores no Instagram, mas apenas 371 ouvintes mensais na plataforma Spotify. Sua música mais popular no app de streaming tem os versos: “Quero mudar minha vida por inteiro/ Não quero mais ser o Brito cachaceiro / O rei do camarote rodeado de amigos/ (...) Eu sou legal enquanto tenho dinheiro / É tão normal ter amigo interesseiro”.

O empresário foi alvo da Operação Munditia, em abril de 2024, que cumpriu 42 mandados de busca e apreensão. À época, foram encontrados documentos os quais mostraram que o grupo conseguiu contratos em algumas cidades pagando propinas a agentes políticos. 

As empresas ligadas a ele prestam serviços de limpeza e manutenção de prédios públicos e detêm contratos com órgãos públicos de uma série de cidades paulistas, dentre elas Guarulhos, Cubatão, Santos, Arujá, Guararema, Araraquara, Itatiba e Jaguariúna.

Planilhas de pagamento e notas fiscais da empresa "Safe" mostravam a prefeitura e Câmara de vereadores de Sorocaba. Com a prefeitura, o primeiro contrato foi firmado em setembro de 2018. O último, que valeria até abril de 2024, foi suspenso quando a empresa abandonou o serviço. Com a câmara de vereadores, a relação começou em 2020.

Uma denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo aponta que o grupo entregou dinheiro na Prefeitura de Sorocaba, em 2022. O ex-secretário de Administração da Prefeitura da cidade, José Marcos Gomes Júnior, é citado nas investigações.

A organização criminosa foi alvo de uma operação do MP-SP no dia 16 de abril, onde três vereadores de diferentes cidades paulistas e mais 10 pessoas foram presos. 

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