Países ricos deixam países pobres sem máscaras e equipamentos
África, América Latina e partes da Ásia não conseguem competir no mercado global

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Países que pagam o triplo do preço de mercado para vencer leilão de respiradores, são acusados de "pirataria moderna" contra governos que tentam garantir suprimentos. De um lado, os Estados Unidos e a Europa competemm entre si para adquirir material escasso para combater o novo coronavírus. Do outro, os países pobres ficam à parte, observando a guerra por equipamentos médicos.
África e América Latina já foram informados pelos fabricantes de que os pedidos de kits de testes para Covid-19 não poderão ser entregues nos próximos meses, pois quase tudo está indo para EUA e Europa.
“Há uma guerra nos bastidores e estamos preocupados com os países pobres”, disse a Catharina Boehme, diretora da Fundação para Novos Diagnósticos Inovadores, que colabora com a Organização Mundial da Saúde para ajudar os mais pobres a ter acesso a exames médicos.
Países desenvolvidos registraram menos casos e mortes pela Covid-19, mas especialistas temem que a pandemia seja crítica nos países mais pobres. Isto porque o teste é a principal defesa contra o vírus e uma ferramenta importante para impedir que muitos pacientes sejam internados. O setor que produz testes e reagentes estão sobrecarregados com a demanda, e priorizam quem paga de imediato.