Palocci tem nome protestado em cartórios por conta de dividas acumuladas
Delações feitas no âmbito da Lava Jato seguem sendo motivo de debate no meio jurídico
Foto: Reprodução/Jornal Opção
O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, Antonio Palocci, enfrenta dificuldades financeiras. Palocci continua com todos os bens bloqueados judicialmente e está à procura de emprego. O ex-ministro tem seu nome protestado em ao menos dois cartórios, sendo que uma das pendências financeiras envolve o não pagamento de uma conta de celular da Oi no valor de R$ 199,63, correspondente ao mês de setembro de 2018. Um dos apartamentos de Palocci, nos Jardins, em São Paulo, com valor de mercado estimado em cerca de R$ 10 milhões, tem condomínios e o IPTU em atraso.
Segundo informações de um investigador que atuou em um dos três acordos de colaboração premiada firmados por Palocci com a Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) para a Valor, o ex-ministro teria deixado de pagar parte dos honorários devidos a seus defensores em razão de sua situação financeira. Apesar de homologadas pela Justiça, as delações premiadas de Palocci têm sido motivo de embates no meio jurídico.
Juristas críticos aos métodos utilizados para a costura de acordos afirmam que a primeira colaboração de Palocci, firmada com a PF, padece de falta de meios críveis de corroboração dos supostos fatos narrados pelo ex-ministro. Condenado em junho de 2017 pelo então juiz federal Sergio Moro a cerca de 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Palocci teve sua pena diminuída em novembro de 2018 para 9 anos e 10 meses por decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em razão do primeiro acordo de delação do ex-ministro, firmado com a PF.