Pandemia: Brasil e Angola estão entre os 10 países mais atrasados em imunização geral
ONU aponta maior retrocesso em três décadas
Foto: PAHO/Karen González Abril
Um levantamento feito pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que Brasil e Angola aparecem na lista dos países de língua portuguesa mais afetados pela queda da cobertura vacinal durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.
No Brasil, cerca de 26% das crianças não receberam vacinas no ano passado, em comparação com 13% em 2018. Em todo o mundo, subiu de 13 milhões para 18 milhões o número de menores que não receberam uma única dose das vacinas básicas em 2019. Moçambique, ao lado do Mianmar, destaca-se entre nações com aumento relativo no número de crianças sem uma dose sequer no biênio analisado.
Além disso, no geral, as maiores perdas de vacinas nos últimos dois anos ocorreram em países como Índia, Nigéria, Indonésia, Etiópia e Filipinas. De acordo com o estudo, a pandemia foi o motor do maior retrocesso nas vacinações registrado em três décadas no mundo. No ano passado, a cobertura global de imunização continuou a cair, atingindo 25 milhões de crianças que não receberam vacinas essenciais.