Pandemia da Covid-19 fez número de pessoas com plano de saúde crescer 5%
Segundo a ANS, atualmente, há 49,4 milhões de brasileiros com planos de saúde
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), órgão responsável por fiscalizar e regular os planos de saúde, informou nesta semana, que a pandemia causada pela Covid-19, fez o número de pessoas com panos de saúde no Brasil crescer 5%. A expectativa do mercado é que a quantidade de segurados continue subindo até o final do ano, apesar da inflação alta e do reajuste de 2 dígitos nos contratos com as operadoras.
De acordo com a ANS, há 49,4 milhões de brasileiros com um plano de saúde. A quantidade de segurados era de 47 milhões há 2 anos. Houve 2,4 milhões de novas contratações em relação a fevereiro de 2020, um mês antes de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar pandemia.
Em abril de 2022, o país chegou ao maior patamar de segurados desde setembro de 2015, com 49,7 milhões de beneficiários. O auge dos planos de saúde foi em dezembro de 2014, segundo a série histórica da ANS, que começa em 2011.
A Abramge (Associação Brasileira de Planos de Saúde) calcula que no final do ano o total de beneficiários será de 50,6 milhões. Caso o cenário se concretize, haverá uma alta de 3,3% frente a 2021.
A alta nos planos de saúde durante a pandemia foi puxada pelos contratos empresariais. A maioria dos beneficiários se concentram nesses acordos. São 34 milhões frente a 9 milhões de pessoas nos planos individuais. A quantidade de segurados em contratos individuais se manteve estável em relação ao começo da pandemia.
A ANS autorizou, em maio, o maior reajuste reajuste nos planos de saúde individuais e familiares da série histórica, que começa em 2000. As operadoras poderão aumentar o preço dos contratos até 15,5% para o período de maio de 2022 a abril de 2023. O cálculo para o reajuste tem 80% do peso para as despesas assistenciais e 20% para o IPCA (Índice Geral de Preços ao Consumidor) no período.