Pandemia e guerra elevam preços de itens básicos no Brasil
Em dois anos, o preço médio de alimentação e bebidas subiu 27,2%
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Foto: Agência Brasil
A pandemia do novo coronavírus e a eclosão da guerra na Ucrânia trouxeram impactos severos na economia brasileira, principalmente no que diz respeito à disparada da inflação. Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apontam que, desde março de 2020, comer e cozinhar alimentos se tornou muito mais caro. Em dois anos, o preço médio de alimentação e bebidas subiu 27,2%; o do botijão de gás, 49,1%.
As despesas nessas áreas tiveram altas ainda maiores que a inflação geral. No mesmo período, o índice oficial de alta dos preços cresceu 16,9%. Em 2021, a inflação fechou em 10,06%, a maior alta em seis anos. Dados do Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda também revelam a aceleração dos preços, em fevereiro deste ano, para todas as classes de renda pesquisadas, mas, no caso das famílias de renda muito baixa, a alta foi mais acentuada: 1%, em fevereiro. Isso contribuiu para que esse grupo apresentasse a maior taxa de inflação acumulada em 12 meses (10,9%). A faixa de renda alta registrou aumento de menor impacto – 9,7%.
No início da pandemia, a disparada nos preços de alimentos foi consequência do aumento das exportações de produtos agrícolas, incentivadas pela alta do dólar. Neste ano, com o início da guerra na Ucrânia, os brasileiros viram esses preços subirem ainda mais, embalados pela elevação dos preços do petróleo no mercado internacional.