Humanista de essência filosófica, o papa Francisco foi chamado de comunista, naturalmente porque as pessoas, em geral, não leem e não sabem conceituar escolas, posicionamentos filosóficos, teológicos ou mesmo políticos ideológicos. O fato é que Francisco, durante seu pontificado, enfatizou a importância de uma Igreja voltada para os pobres e excluídos, promovendo ações de caridade e inclusão social. Não sou católico, mas também sou humanista, no alcance das minhas possibilidades, e, sem dúvida, o Papa Francisco é uma referência e inspiração para todos que buscam entender a essência verdadeira do cristianismo. Não esse arremedo ora bizarro, outra ridícula que estamos vendo por aí. Francisco, como último ato de sua vida, ainda que já morto, fez a escolha por uma despedida que incluísse a participação dos mais necessitados, em reforçar essa mensagem de solidariedade e compaixão. Um grupo de cerca de 40 imigrantes, prisioneiros, pessoas trans e moradores de rua, carregando rosas brancas, esperou em silêncio a chegada dos restos mortais do pontífice nos degraus que levam à basílica romana. Alguém disse como grande propriedade: os excluídos da sociedade sempre estiveram no centro do pontificado do papa Francisco e foram os últimos a se despedir dele no que a partir de hoje será seu local de descanso final, a Basílica de Santa Maria Maior, em Roma.
Clique aqui para conferir coluna completa de José Medrado.