Papa faz apelo para que a humanidade se empenhe na busca da paz
“ Invistamos, por favor, nisto! Não nos armamentos, mas na instrução”, ressaltou o Papa
Foto: Vatican News
O Papa Francisco fez um apelo para que a humanidade se empenhe na busca da paz, não através das armas ou das ameaças, mas "com os únicos meios abençoados pelo Céu e dignos do homem: o encontro, o diálogo, as negociações pacientes, que se levam por diante a pensar particularmente nas crianças e nas jovens gerações que encarnam a esperança de uma paz que seja promovida através da educação", pontuou o Pontífice.
“Invistamos, por favor, nisto! Não nos armamentos, mas na instrução”, ressaltou o Papa no discurso que proferiu nesta quarta-feira (14), na abertura do 7.º Congresso de Líderes Religiosos Mundiais e Tradicionais, no Palácio da Independência, em Nursultan.
Francisco lembrou que não há justificação para a violência, muito menos por razões religiosas: “Não permitamos que o sagrado seja instrumentalizado por aquilo que é profano. O sagrado não seja suporte do poder e o poder não se valha de suportes de sacralidade! Deus é paz, e sempre conduz à paz, nunca à guerra”.
Este congresso, que se realiza a cada três anos, foi inspirado na visita de João Paulo II ao Cazaquistão, em setembro de 2001, poucos dias depois do ataque às torres gémeas de Nova Iorque. Vinte e um anos depois, Francisco regressou à memória dos trágicos atentados.
Perante mais de 100 delegações de líderes religiosos de 60 países, reunidas para dialogar sobre o papel das religiões no desenvolvimento espiritual e social da humanidade após a pandemia, Francisco classificou a liberdade religiosa como “um direito fundamental, primário e inalienável, que é preciso promover em todos os lugares e que não se pode limitar apenas à liberdade de culto”.