Papa Francisco amplia lei contra abuso sexual para incluir líderes leigos da Igreja
Medida visa aumentar a responsabilização de líderes religiosos não ordenados que cometem abusos sexuais

Foto: Vatican News
O Papa Francisco anunciou na quinta-feira (25) uma importante mudança na lei da Igreja Católica Romana, que passará a responsabilizar líderes leigos pela prática e omissão de casos de abuso sexual. A medida foi tomada para aumentar a proteção de crianças e adultos vulneráveis dentro da Igreja.
Antes, a lei apenas responsabilizava os clérigos e religiosos pelas ações de abuso sexual, mas agora, ela se estende para incluir todos os membros da Igreja, inclusive voluntários e funcionários leigos. A nova legislação é resultado do trabalho da Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores, criada pelo Papa Francisco em 2014, e é uma resposta à pressão para que a Igreja Católica seja mais transparente e responsável em relação aos casos de abuso sexual.
A medida também aumenta o prazo para a prescrição dos crimes de abuso sexual, passando de 10 para 20 anos após a vítima completar 18 anos de idade. Além disso, a nova lei também proíbe a posse e a produção de material pornográfico infantil, mesmo que seja em pequenas quantidades.
O Papa Francisco afirmou que a nova legislação é uma importante etapa na luta contra o abuso sexual na Igreja, mas reconheceu que ainda há muito trabalho a ser feito. Ele pediu a colaboração de todos os membros da Igreja para garantir que as medidas sejam aplicadas de forma eficaz em todas as dioceses do mundo.
A Igreja Católica tem sido alvo de críticas por décadas devido à forma como lidou com casos de abuso sexual. A nova legislação é vista como um avanço significativo para a proteção de vítimas e prevenção de futuros casos de abuso.