Papa Leão XIV recebe vice-presidente dos EUA, JD Vance, para discutir guerras e relações bilaterais
Encontro no Vaticano ocorre um dia após a missa inaugural do primeiro pontífice norte-americano

Foto: Divulgação/Vaticano News
O Papa Leão XIV recebeu nesta segunda-feira (19), no Vaticano, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, e o secretário de Estado, Marco Rubio. No encontro, que ocorreu um dia após a missa inaugural do primeiro pontífice norte-americano, foi debatida a necessidade de colaboração entre Igreja e Estado, assim como alguns assuntos relativos à vida eclesiástica e à liberdade religiosa.
"Durante as cordiais conversas realizadas na Secretaria de Estado, foi reiterada a satisfação pelas boas relações bilaterais e discutida a colaboração entre Igreja e Estado, assim como alguns assuntos de especial importância, relativos à vida eclesiástica e à liberdade religiosa", afirmou o Vaticano em um comunicado.
"Finalmente, houve uma troca de opiniões sobre alguns assuntos internacionais da atualidade, com um apelo ao respeito à legislação humanitária e internacional em áreas de conflito, e por uma solução negociada entre as partes envolvidas", acrescentou.
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Vance e Rubio, ambos católicos, estavam entre as 200 mil pessoas que compareceram à missa inaugural do Papa Leão XIV no último domingo (18), na Praça de São Pedro.
Críticas ao governo dos EUA
Leão XIV é um crítico de políticas implementadas pelo governo de Donald Trump nos Estados Unidos. Antes de ser eleito papa, por exemplo, usou a rede social X para repostar comentários contrários à política migratória do republicano.
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Em fevereiro deste ano, o então cardeal recorreu ao conhecimento teológico para rebater Vance, após uma declaração em que o vice-presidente afirmava que os cristãos devem, primeiramente, amar suas famílias.
Em 14 de abril, o religioso também republicou uma mensagem que direcionava a um link com uma manifestação do bispo salvadorenho Evelio Menjivar-Ayala, na qual o colega questionava os acordos entre Trump e o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, para deportar imigrantes.