Política

Para a preservação da Amazônia, Mourão admite aceitar dinheiro de países ricos

Governo já rejeitou oferta de US$ 20 milhões dos países do G7

Por Da Redação
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Para a preservação da Amazônia, Mourão admite aceitar dinheiro de países ricos

Foto: Reprodução / Daniel Marenco/Agência O Globo

Nesta quarta-feira (22), o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, admitiu pedir dinheiro para países ricos para financiar projetos para a proteção da Amazônia. Em agosto, o governo rejeitou oferta de US$ 20 milhões dos países do G7 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Alemanha, Japão, Itália e Canadá) para ajudar no combate às queimadas na Amazônia.

“Rejeitou, mas depois eu vou lá com a cara de pau e peço”, disse Mourão em entrevista à GloboNews, completando: “Quando você vai receber o dinheiro do exterior, tem limite. Seu livre arbítrio tem que ser respeitado”.

Em agosto do ano passado, o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha decidiu suspender o repasse de R$ 155 milhões para a preservação da floresta e da biodiversidade em razão do aumento dos índices de desmatamento na região. A Noruega também bloqueou repasse de R$ 132,6 milhões para o Fundo Amazônia. Na ocasião, o presidente Jair Bolsonaro afirmou, em entrevista à imprensa, que a Noruega deveria usar o dinheiro para reflorestar a Alemanha.

Bolsonaro anunciou na terça-feira (21) a criação da Força Nacional Ambiental, que terá como objetivo proteger a Floresta Amazônica. De acordo com Bolsonaro, o órgão terá funcionamento semelhante ao da Força Nacional de Segurança Pública, composta por policiais militares e civis e por bombeiros, entre outros profissionais de segurança.

Bolsonaro também anunciou a criação do Conselho da Amazônia, que será comandado por Hamilton Mourão. Ele deverá coordenar ações de vários ministérios para a "proteção, defesa e desenvolvimento sustentável da Amazônia". Mourão irá utilizar a estrutura da própria vice-presidência.

À GloboNews, Mourão disse que o novo cargo que ocupará não vai criar qualquer mal-estar com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles:

“O espaço do Ricardo está muito bem preservado”, disse.
 

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