‘Para nós, seguir lutando é uma questão de sobrevivência’, diz representante da Ucrânia sobre invasão russa
O diplomata Anatoliy Tkach rebate declarações de Lula sobre culpa dividida e comenta um ano de guerra
Foto: agência senado
Desde o início da invasão russa, há um ano, o diplomata ucraniano Anatoliy Tkach tem sido o porta-voz de seu país no Brasil. Além de exercer a responsabilidade de convencer o governo brasileiro a apoiar as demandas da Ucrânia à comunidade internacional, em sua resistência a uma potência militar mais rica e melhor aparelhada.
O encarregado de negócios da embaixada ucraniana rebateu as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre uma suposta culpa dividida dos líderes dos dois países pelo conflito.
“Para nós, seguir lutando é uma questão de sobrevivência. Se a Ucrânia parar de lutar agora, não vai existir amanhã. Se a Rússia parar de lutar agora, a guerra acaba amanhã”, afirma Tkach Em entrevista ao Metrópoles.
O diplomata não considera o Brasil hostil, mas espera que o país se engaje mais nos esforços para ajudar a Ucrânia a continuar resistindo à invasão. Recentemente, já sob o governo Lula, o Brasil se negou a repassar para a Alemanha munição que seria enviada às forças armadas ucranianas.