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Dia Nacional de Combate ao Fumo: a cada 34 segundos, uma pessoa morre nas Américas

Segundo o Inca, no Brasil, 20% dos fumantes começaram o vício antes dos 15 anos

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Dia Nacional de Combate ao Fumo: a cada 34 segundos, uma pessoa morre nas Américas

Foto: Marcelo Camargo | Agência Brasil

Tosse, cansaço físico, pele ressecada, dentes amarelados, diversos tipos de câncer, doenças pulmonares e cardiovasculares. Estas são algumas das consequências que o hábito de fumar traz para os adeptos do cigarro. Como forma de alertar a população sobre os riscos de saúde e ambientais do cigarro, foi criada a Lei 7.488, que comemora nesta quinta-feira (29), o Dia Nacional de Combate ao Fumo.

De acordo pesquisa divulgada em maio pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/Brasil), o consumo do tabaco é responsável pela morte de oito milhões de pessoas a cada ano, em todo o mundo. Só nas Américas, a cada 34 segundos uma pessoa morre. 

Em dados recentes divulgados pela Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) do Ministério da Saúde, apesar de Salvador registrar o menor índice de fumantes no Brasil (4,8%), em 2018, se comparado ao ano passado, o número apresentou um aumento de 0,7 pontos percentuais, no qual foi registrado um índice de 4,1%. Já a maior frequência foi registrada em Porto Alegre, com índice de 14,4%.

Câncer

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), mais de 80% deles estão relacionados ao uso do tabaco. Entre os cânceres provenientes do uso do cigarro estão: câncer de pulmão, câncer de bexiga; câncer do colo do útero; câncer de esôfago; câncer nos rins; câncer de laringe (cordas vocais) dentre outros.

O fumo passivo, ou seja, a inalação da fumaça do cigarro por uma pessoa não-fumante, também é um dos fatores que contribuem para o aumento no número de doenças e mortes no país. Segundo a OPAS, a exposição passiva à fumaça do tabaco causa mais de 890 mil mortes prematuras por ano.

Fonte: Divulgação

De acordo com a coordenadora do Centro de Tratamento de Tabagismo do Inca, Cristina Cantarino, a inalação da nicotina também pode ser consumida passivamente através de um terceiro modo, ou em “terceira mão”. Segundo a especialista, a fumaça da nicotina que fica no local após o consumo, “vai sofrendo várias transformações químicas, reagindo com agentes que estão presentes no ar ambiente e vão formando outras substâncias nocivas, para além das que já estavam na fumaça do cigarro”.

Ainda segundo a coordenadora, as substâncias podem ficar presentes no ar por até seis meses e ficam absorvidas em móveis da casa, como: sofá, cortina, tapete, roupas e até na pele.

  • Doença pediátrica: 80% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos

Divulgado pelo Inca, o tabagismo é considerado uma doença pediátrica, pois cerca de 80% dos fumantes começam a fumar antes dos 18 anos. No Brasil, 20% dos fumantes começaram a fumar antes dos 15 anos.

Dentro desta estatística, está Neuza de Carvalho. Com 62 anos, a ex-comerciante começou a fumar aos 16 anos, pois o pai era fumante e segundo ela, “achava bonito”. A relação com o cigarro durou cerca de 12 anos e começou a ser transformada quando Neuza resolveu encontrar uma atividade para ocupar o tempo. Mas a dependência ao cigarro fazia com que ela fumasse antes de malhar.

Ao perceber os efeitos negativos, ela resolveu largar de vez o vício e, atualmente, é adepta da caminhada. De segunda a sexta, a partir das 16h30, Dona Neuza faz o trajeto de 2,2 km da Avenida Centenário e conta com orgulho da rotina de atividades. “Dou duas voltas na Centenário e, as vezes, ainda vou no Farol (da Barra) para completar a quarta volta. Tudo depende do tempo. [...] eu não sinto que estou com 62 anos, porque eu tenho energia demais”.

Foto: Arquivo pessoal 

Com muito humor e determinação, a prática de atividade física foi um fator determinante para o modo de vida saudável que ela segue atualmente. “Felicidade pra mim é isso, você se sentir bem fazendo o que você gosta”, finaliza. 

Programa de Controle ao Tabagismo

Para quem deseja buscar tratamento gratuito para o combate contra o tabagismo na capital baiana, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) disponibiliza cerca de 48 unidades especializadas no tratamento. Confira a lista das unidades aqui.

Os interessados devem comparecer aos postos com o cartão SUS de Salvador e um documento oficial de identificação com foto para realização da inscrição, no qual o paciente será entrevistado para avaliar o grau de dependência.

A equipe é formada por diversos profissionais da saúde como: médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, dentistas dentre outros.

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