Vídeo: “Minha relação com o Candomblé é de muito amor”, diz Lalesca Moreira no Podomblé
Advogada revela desafios de afirmação religiosa no terreiro e em espaços dominados por homens brancos

Foto: FB Comunicação
No mais recente episódio do Podomblé, a advogada criminalista Lalesca Moreira voltou a falar sobre o racismo estrutural, agora trazendo à tona as contradições e críticas que enfrenta dentro e fora do candomblé. Com o tema “Vestir a Fé no Tribunal: Lalesca Moreira Enfrenta o Racismo Estrutural”, ela compartilha relatos sobre a trajetória de iniciação religiosa e como isso impactou sua atuação profissional.
“A minha relação com o Candomblé é uma relação de muito amor”, afirmou Lalesca. “Eu me inicio em julho de 2024, mas eu já frequentava a casa que fui iniciada desde a pandemia. Comecei a frequentar um pouquinho antes do início da pandemia.”
Segundo a advogada, as críticas vieram de todos os lados. “É muito engraçado porque eu recebia as críticas na vida civil, mas eu também recebia as críticas dentro do meu terreiro”, contou. “Olha, isso não está certo. Essa roupa que você está usando não está certa. Esse ojá que você está usando não está certo. Minha filha, essa maquiagem não está demais, não? Esse brinco não está grande, não?”
Mesmo com a vaidade reconhecida, ela ouvia advertências. “Eu sei que você é vaidosa, mas não pode, minha filha. Espere um pouquinho.”
Ao compartilhar essas experiências, Lalesca notou a surpresa das pessoas. “Todo mundo fica perplexo, porque ninguém imagina que isso acontece. Todo mundo pensa que ela vai receber uma crítica ou outra, um olhar ou outro.”
Mas o preconceito também se manifesta com força nos ambientes institucionais. “O ambiente de trabalho que eu frequento é denominado, em sua grande maioria, por homens brancos e que têm idade mais avançada”, explicou. “Então a mulher preta, macumbeira, nesses ambientes que são dominados por homens, acaba sim chamando bastante atenção.”
O episódio estará disponível no canal do YouTube FB Comunicação – Podcast.
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