Parado no Congresso, Auxílio Brasil deixa 2,2 mi de famílias na fila do Bolsa Família
O governo ainda aguarda uma reforma nos gastos federais para conseguir recursos e criar o novo programa
Foto: Rafael Lampert Zart/Agência Brasil
Apesar de ter 2,2 milhões de família elegíveis na fila de espera do Bolsa Família, o governo federal ainda aguarda que o Congresso faça uma reforma nos gastos federais para conseguir recursos e criar o novo programa de benefícios sociais, o Auxílio Brasil.
Os dados foram levantados pela Câmara Temática da Assistência Social do Consórcio Nordeste (grupo que reúne os nove estados da região) e são referentes ao mês de junho. Se comparado com o mês de fevereiro, houve um crescimento de 20% em apenas quatro meses, já que no segundo mês do ano 1,8 milhão de família estavam aptas a receber o benefício social.
O critério utilizado no levantamento das informações da demanda reprimida foi o de famílias que possuem perfil para o programa, mas aguardam a concessão pelo governo federal.
E o maior número de pessoas que aguardam a liberação do benefício está na região Nordeste, com 844.372 famílias na fila. "Está horrível! As famílias chegam ao CRAS [Centro de Referência da Assistência Social] e eles mandam ficar ligando, ou retornar no outro dia para ver como está o processo. A situação aqui é precária demais, tem muita gente precisando do auxílio", conta Vânia Gato, líder comunitária no bairro do Benedito Bentes, o maior de Maceió.
O governador do Piauí Wellington Dias (PT), e presidente do consórcio, diz que até agora os governadores não foram atendidos em nenhuma reunião a fim de debater o problema. Em 26 de maio, um ofício foi enviado ao ministro da Cidadania, João Roma (DEM), sem retorno.