Parlamentares do PT acusam Carla Zambelli de tráfico de influência e advocacia administrativa
PGR abre notícia-crime contra deputada

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O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, pediu a instauração de notícia-crime junto ao Ministério Público Federal (MPF) contra a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Celso de Mello tinha feito o pedido para que a PGR (Procuradoria Geral da República) se manifestar sobre o caso em 26 de maio após pedido do PT (Partido dos Trabalhadores).
Os petistas acusaram Zambelli, apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, de ter cometido o crime de tráfico de influência e de advocacia administrativa após trocar mensagens com o ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O pedido foi apresentado ao STFno final de abril, dias depois de Moro ter deixado seu cargo acusando Bolsonaro de tentar interferir na PF (Polícia Federal).
Crimes cometidos
O crime de tráfico de influência, segundo o Código Penal, configura-se por "solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função". A punição pode chegar a até cinco anos de detenção.
Já o crime de advocacia administrativa refere-se a "patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário", que pode ter pena de até um ano de prisão.