Parlamentares se manifestam sobre o caso Mariana Ferrer; senador aciona CNJ
Juiz determinou que foi um "estupro culposo"

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Um dos assuntos mais comentados nesta terça (3) no Twitter foi o de Mariana Ferrer, que contou com engajamento de parlamentares, em especial, as mulheres. A senadora Simone Tebet (MDB-MS), por exemplo, definiu o vídeo do julgamento como "humilhação". "Advogado e juiz rasgaram lei e desonraram Justiça. MP [Ministério Público] alegou estupro culposo, tipificação inexistente. Réu absolvido", escreveu a senadora, presidente de umas das Comissões mais importantes no Senado, a de Constituição e Justiça.
Tebet pediu atuação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). "Investigação e punição exemplar", solicitou nas redes.
A deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP) compartilhou a hastag #justicapormariferrer e escreveu que estupro culposo não existe. Além dessa hashtag, #naoExisteEstuproCulposo e #Mariana ficaram em segundo e terceiro assuntos mais comentados. A baiana Alice Portugal (PCdoB) classificou como inaceitável. "Advogado do empresário André de Camargo Aranha, que estuprou a modelo Mariana Ferrer, humilhando a vítima durante o julgamento. CHEGA DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER!!!", registrou.
O senador Alessandro Vieira informou ter protocolado uma Reclamação Disciplinar no CNJ para que seja analisada "a grave omissão do juiz que atuou no caso, permitindo que o advogado de defesa dirigisse ofensas inadmissíveis à honra e dignidade da vítima. Isso é inaceitável. Estupro culposo não existe!", ponderou.