Partículas do novo coronavírus cabem em uma lata de refrigerante
Cálculo foi feito pelo matemático Kit Yates, do Reino Unido
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Causador da morte de quase 2,4 milhões de pessoas em todo o mundo, o novo coronavírus é um vírus esférico com espinhos na superfície, com tamanho de um diâmetro de 100 nanômetros, em média. Isso equivale a 100 bilionésimos de metro, ou seja, é uma medida menor que a de um fio de cabelo humano.
Com o objetivo de descobrir qual o tamanho do recipiente para reunir os quadrilhões de partículas, o matemático Kit Yates, da Universidade de Bath, no Reino Unido, resolveu descobrir a resposta e calculou o volume com a seguinte fórmula: V = 4 π r³/3, onde r é o raio do microrganismo.
Se o diâmetro é 100 nanômetros, o raio equivale a 50 nanômetros. Assim, pela fórmula, o volume de um único microrganismo é 523 mil nanômetros³ ou 0,000000000000000523 ml — isso é uma partícula tão pequena que não ocupa quase nada de espaço.
Yates também calculou a quantidade de pessoas infectadas no mundo (107 milhões). Ele estimou uma média de 3 milhões de infectados por dia e a carga viral dos doentes, então Yates optou por usar a média geométrica e fixou o número em 10 bilhões de partículas.
Com 3 milhões de pessoas contaminadas diariamente e com o período ativo da infecção em torno de seis dias, o matemático concluiu que há cerca de 200 quadrilhões de partículas virais em circulação no mundo o tempo todo.
Como cada um desses pequenos elementos ocupa 523 mil nanômetros³ de área, o total de volume de todas as partículas em circulação no mundo juntas é de aproximadamente 120 ml.
Yates calculou também a densidade máxima quando se empacotam esferas, que é de 74%. Ou seja, o volume necessário para acomodar todas as partículas do novo coronavírus existentes no mundo é de 160 ml. Com o resultado do matemático, as partículas caberiam facilmente em uma lata de refrigerante de 269 ml.
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