Política

Partidos de oposição votarão contra Reforma da Previdência

Governo pode ter votos na Comissão, mas não no Plenário, aponta o deputado baiano Daniel Almeida (PCdoB)

Por Juliana Dias
Ás

Partidos de oposição votarão contra Reforma da Previdência

Foto: Richard Silva/PCdoB na Câmara

Partidos de oposição (PDT, PSB, PT, Psol e PCdoB) anunciaram nesta terça-feira (18) o fechamento de questão contra o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB) sobre a reforma da Previdência (PEC 6/2019). Isso significa que todos os deputados dos citados partidos votarão contra o texto na Comissão Especial em que a matéria está em discussão e no Plenário da Casa, onde a matéria precisa de 308 votos dos 513 deputados para ser aprovada.

Os partidos que também assinaram uma carta - com explicações dos pontos que consideram críticos do texto - somam 131 parlamentares, mas avaliam que não estão sozinhos contra o parecer, como indicou o líder da oposição, Alessandro Molon (PSB). "Há representantes de vários partidos de Centro, por exemplo, que não votarão nessa proposta. São 173 inscritos para falar contra na Comissão Especial", informou.

Ainda assim, o líder deixou claro que é contra o documento como está, mas não se fechou para conversar com o relator. "Vamos focar em impedir o retorno da capitalização e mudar ainda mais a proposta, porque do jeito que está não receberá nosso voto", ponderou.

O deputado José Guimarães, que falou pelo  PT, adiantou que a tentativa será de ampliar os debates ao máximo possível, para que todos os pontos sejam esclarecidos para a população. "Nada vamos debater lenta e seguramente a nossa posição. Nada de atropelos, faremos a obstrução que for necessária para preservar os interesses e os direitos dos trabalhadores brasileiros", falou.

Os líderes frisaram que não é a oposição que tem que colocar 206 votos contrários, mas o governo que precisa de 308. Os parlamentares avaliam, ainda, que o governo pode ter votos na Comissão, mas não no Plenário, como apontou o líder do PCdoB na Câmara, o baiano Daniel Almeida. "Eles não têm voto hoje para aprovar o relatório, uma coisa é o debate e a deliberação na Comissão Especial, outra coisa é a votação em Plenário", finalizou.

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