Paulo Gonet defende condenação de todo o núcleo 3 da trama golpista
O núcleo é formado por nove militares de alta patente e um agente da Polícia Federal

Foto: Rosinei Coutinho / STF
Paulo Gonet, procurador-geral da República, defendeu a condenação dos dez membros do núcleo 3 do plano golpista. São nove militares de alta patente e um agente da Polícia Federal (PF). Os acusados respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; participação em organização criminosa armada; dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
Além dos dez acusados, por menor participação, o tenente-coronel Ronald Ferreira de Araujo Jr foi condenado apenas por incitação ao crime.
Gonet afirma que o núcleo atuava em dois eixos: um visava a neutralização e eliminação de autoridades, no caso o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF); o presidente Lula; e o vice Geraldo Alckmin. Segundo o procurador-geral, o plano foi posto em ação mas não foi concretizado, já que os chefes do Éxercito e da Aeronáutica não aderiram.
O outro eixo era pressionar as Forças Armadas a aderir à trama golpista com uma carta assinada por militares.
O primeiro advogado a falar foi Ruyter Barcelos, do coronel Bernardo Romão. Ele afirmou que o cliente não tem relação com a carta; que ele apenas repassou para o superior e a inteligência do Exército porque era o dever dele.
Só depois das defesas, os ministros votam. Uma das cadeiras da turma segue vazia, já que o ministro Luiz Fux mudou para a segunda turma do STF.


