Paulo Marinho depõe na PF sobre vazamento de informações a Flávio Bolsonaro
Empresário não deu detalhes do caso por inquérito estar sob sigilo
Foto: Roque Sá / Agência Senado
O empresário Paulo Marinho deu depoimento na última quarta-feira (20) para a Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro em um novo procedimento que investiga uma eventual participação de servidores no vazamento de informações relacionadas a Operação Furna da Onça.
Ao deixar o local, após cinco horas e meia na PF, Marinho não quis dar declarações relacionadas ao teor do depoimento. O empresário ainda chegou a para no local onde os jornalistas estavam, contudo, afirmou somente que não poderia comentar pois o inquérito está sob sigilo.
De acordo com Marinho, o senador Flávio Bolsonaro foi comunicado por um delegado da Polícia Federal, entre o primeiro e segundo turno da eleição de 2018, que seria deflagrada a Operação Furna da Onça, que possuía relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre a movimentação atípica de R 1,2 milhão na conta do então assessor do senador, Fabrício Queiroz.
O relatório motivou uma investigação contra Queiroz por suspeita de operar um esquema de "rachadinha", ou seja, prática de devolução de parte dos salários dos funcionários, no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
Bolsonaro quer provas das declarações
Na noite da última terça-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o empresário deverá apresentar provas das declarações.
— Ele vai ter que provar, não vou entrar em detalhe, quem foi o delegado que teria dito para um assessor do meu filho...É sempre assim, né, "ouvi "dizer". Não, não é "ouvi dizer" — afirmou Bolsonaro, durante entrevista ao jornalista Magno Martins, transmitida no Instagram. — Quem vai provar? "Ouvi dizer". Não é assim, não. Você está mexendo com a honra das pessoas.
