Pedidos de demissão batem recorde em 2025 e chegam a quase 38% no Brasil

Economista Bruno Imaizumi cita péssimas condições de trabalho, busca por flexibilidade e melhores oportunidades de emprego como principais fatores dos pedidos de demissão

Por Da Redação
Ás

Pedidos de demissão batem recorde em 2025 e chegam a quase 38% no Brasil

Foto: Reprodução/Agência Brasil

A insatisfação com as situações trabalhistas tem sido protagonista nos casos de demissão no Brasil, é o que aponta o estudo do economista Bruno Imaizumi, da LCA 4intelligence. Segundo o pesquisador, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, 37,9% dos desligamentos em janeiro deste ano foram a pedido dos trabalhadores.

No ano de 2020, a taxa registrada foi de 24%, os números crescem desde então. O número mais expressivo registrado anteriormente foi nos anos de 2013 e 2014, quando o Brasil enfrentou taxas de desemprego que oscilavam entre 29% e 30%.

Conforme divulgado pela LCA, o perfil dos trabalhadores que costumam pedir demissão engloba jovens, mulheres e comerciários. Ainda segundo o estudo, além das condições de trabalho, os pedidos de demissão também ocorrem por conta da busca de flexibilidade e de melhores oportunidades.

O especialista aponta que o percentual de demissões a pedido em relação ao total de desligamentos por opção da empresa atingem 45% dos profissionais com ensino superior incompleto ou completo; 42% entre pessoas de 17 a 24 anos e 40% entre mulheres e trabalhadores do comércio, onde frequentemente é utilizada a escala 6x1 em cenários de salários baixos.

Imaizumi ainda detalhou que, os principais motivos para o aumento no pedido de demissões ocorre em decorrência de fatores como saúde mental, problemas éticos nas empresas e falta de flexibilidade na carga horária.
 

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