Pedreiro é morto em operação policial no Subúrbio de Salvador e família contesta versão da PM
Segundo os familiares de Joeilton de Jesus, homem não tinha armas e não era envolvido com crime
Foto: Reprodução
A família do pedreiro Joeilton de Jesus, que morava na localidade do Boiadeiro, no Subúrbio de Salvador, acusa a Polícia Militar de tê-lo assassinado após invadir sua residência na tarde de terça-feira (11). A versão oficial da Polícia Militar indica que Joeilton teria morrido em um confronto armado com os policiais.
De acordo com a mãe de Joeilton, ele não possuía armas e não tinha envolvimento com atividades criminosas.
"Só sei que meu filho estava dentro de casa, é trabalhador e deu um duro danado para fazer a casa dele. Ele estava com um orgulho danado de ter feito o cantinho para morar, por não pagar mais aluguel", relatou a mãe, que optou por não revelar sua identidade, em entrevista à TV Bahia.
"Meu filho nunca roubou, nunca matou ninguém. Era um bom filho, fazia de tudo para fazer a filha feliz e agora a bichinha ficou sem ninguém para cuidar", disse ela, emocionada.
A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) informou que Joeilton de Jesus teria trocado tiros com equipes da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel, conhecida como "Patamo". Segundo a corporação, foram apreendidos durante a operação um fuzil calibre 5,56, uma pistola calibre 380, carregadores, munições e câmeras de monitoramento.
No entanto, parentes da vítima afirmaram que depois de Joeilton ser morto, policiais implantaram armas na casa e fizeram a suposta apreensão. Segundo os familiares, o pedreiro não sabia manusear armas e a casa em que ele morava não tinha sinais de troca de tiros.
Um ônibus elétrico do transporte público de Salvador foi incendiado na noite de terça-feira (12), na Avenida Afrânio Peixoto. A Polícia Militar acredita que os criminosos agiram em represália a ação policial que terminou com a morte de Joeilton de Jesus.