Pelo menos 20 estados preveem retorno às aulas presenciais em fevereiro e março
Bahia está entre os estados que ainda não tem previsão para retomada presencial

Foto: Reprodução/ Agência Brasil
Pelo menos 20 estados brasileiros já preveem o retorno às aulas presenciais nas redes públicas de ensino para os meses de fevereiro e março. A expectativa é que o formato seja híbrido — uma combinação de aulas presenciais e remotas — respeitando os protocolos sanitários de distanciamento e esquemas de rodízio.
Um levantamento realizado pelo GLOBO junto às secretarias de Educação, voltam em fevereiro as redes do: Rio de Janeiro, Paraná, Ceará, Rio Grande do Norte, Mato Grosso, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Maranhão, Santa Catarina e Alagoas (rede privada; rede estadual só em março). Em São Paulo, a rede estadual deve retomar as atividades presenciais no dia 8 de fevereiro.
Outros retornam em março: Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Sergipe e Acre (Rio Branco volta em fevereiro).
No entanto, a possibilidade da decisão divide as opiniões. Para o líder de políticas educacionais do Todos pela Educação, Gabriel Corrêa, o momento deve ser definido pelas autoridades de saúde, mas também é preciso que o poder público prepare as escolas para um retorno seguro. "Qualquer estado ou município que não esteja se preparando e fazendo de tudo para implementar medidas necessárias para que as escolas possam receber alunos de forma presencial está atrasado", diz Corrêa.
A diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV). Claudia Costin, defende a urgência do retorno presencial, mas destaca que as escolas públicas devem adotar produtos como papel higiênico, álcool em gel e equipamentos de proteção individual (EPIs).
"Quando é adotado o esquema de rodízio também é importante que a escola ofereça equipamento e pacote de dados, como São Paulo está se organizando para fazer, ou permita que os alunos acessem equipamentos da escola na sala de informática", afirma Costin.
Outros estados como Amazonas, Roraima, Tocantins, Minas Gerais (que abriu consulta pública pra decidir), Pará, Bahia e Amapá ainda não definiram datas para o retorno às aulas presenciais em virtude ao aumento de casos da Covid-19 nas regiões.