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Pesquisa afirma que 86 milhões de brasileiros fazem parte de algum grupo de riso

Artigo com resultados será publicada em revista da USP

Por Da Redação
Ás

Pesquisa afirma que 86 milhões de brasileiros fazem parte de algum grupo de riso

Foto: Reprodução/G1

Uma pesquisa da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) mostra que mais da metade da população adulta do Brasil está no grupo de risco do coronavírus. São 86 milhões de pessoas que apresentam ao menos um dos fatores que pode aumentar o risco de complicações, caso haja contaminação. Dos 54% de adultos dentro dos grupos de risco, 30% deles têm ao menos um fator que pode causar o agravamento do quadro em caso de contaminação, 15% têm dois fatores, enquanto 9% têm 3 ou mais.

A pesquisa foi coordenada por Leandro Rezende, professor do Departamento de Medicina Preventiva da EPM-Unifesp (Escola Paulista de Medicina). O artigo será publicado na Revista de Saúde Pública, da USP (Universidade de São Paulo). O estudo considerou dados de 51.770 participantes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2013. São as informações mais recentes da área. “Em 2019, teve início uma nova edição da PNS, que ainda não foi concluída”, afirmou Rezende.  

Escolaridade

Considerando o grau de escolaridade, é possível notar que adultos que não terminaram o ensino fundamental tem muito mais propensão a estarem nos grupos de risco, com 80%. Enquanto isso, a parcela que possui ensino superior e apresenta fatores que podem agravar o estado de saúde é de 46%. Para Rezende, existem duas causas principais para a diferença entre os índices. “Pessoas com menor escolaridade tendem a ter um menor nível socioeconômico e menos acesso a recursos básicos", disse.

Estados

A pesquisa também retrata a proporção no grupo de risco por estados, há uma  predominância de estados do Sul e Sudeste entre os que têm maior fatia da população nos grupos de risco, com Rio Grande do Sul (58,4%), São Paulo (58,2%) e Rio de Janeiro (55,8%) nas primeiras posições. Por outro lado, Amapá (45,9%), Roraima (48,6%) e Amazonas (48,7%) são os estados com menor proporção de populações nos grupos de risco.

Para Rezende, a explicação também passa pelos fatores socioeconômicos. “Há duas possíveis explicações para essa diferença. Uma tem relação com a maior expectativa de vida nos estados do Sul e Sudeste, onde o nível socioeconômico da população é maior e, portanto, há mais idosos. A outra seria o menor acesso ao diagnóstico médico no Norte e Nordeste, que poderia ter enviesado os dados sobre a prevalência de doenças como diabetes e hipertensão, que, muitas vezes, são assintomáticas no início”, afirma. 

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