Pesquisa aponta perda total ou em parte da renda mensal de 40% dos brasileiros
A pesquisa também avaliou o isolamento social; Os dados revelam que a população brasileira continua favorável (86%)
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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou uma pesquisa revelando que a perda do poder de compra já atingiu quatro em cada dez brasileiros desde o início da pandemia do novo coronavírus. Do total de entrevistados, 23% perderam totalmente a renda e 17% tiveram redução no ganho mensal, atingindo o percentual de 40%.
Segundo a pesquisa, quase metade dos trabalhadores (48%) tem medo grande de perder o emprego. Somado ao percentual daqueles que têm medo médio (19%) ou pequeno (10%), o índice chega a 77% de pessoas que estão no mercado de trabalho e têm medo de perder o emprego. De modo geral, nove em cada dez entrevistados consideram grandes os impactos da pandemia do novo coronavírus na economia brasileira.
Os dados mostram que o impacto na renda e o medo do desemprego levaram 77% dos consumidores a reduzir, durante o período de isolamento social, o consumo de pelo menos um de 15 produtos testados. Ou seja, de cada quatro brasileiros, três reduziram seus gastos. Apenas 23% dos entrevistados não reduziram em nada suas compras, na comparação com o hábito anterior ao período da pandemia.
Isolamento social
A pesquisa também avaliou o isolamento social. Os dados revelam que a população brasileira continua favorável (86%), apesar das possíveis perdas econômicas, e quase todo mundo (93%) mudou sua rotina durante o período de isolamento, em diferentes graus.
Os dados apontam que no cenário pós-pandemia, três em cada dez brasileiros falam em voltar a uma rotina igual à que tinham antes. Em relação ao retorno para o trabalho depois de terminado o isolamento social, 43% dos trabalhadores formais e informais afirmaram que se sentem seguros, enquanto 39% se dizem mais ou menos seguros e 18%, inseguros.
Sobre medidas de segurança, a maior parte dos entrevistados (96%) considera importante que as empresas adotem a distribuição de máscaras e a adoção de uma distância mínima entre os colaboradores. Para 82% dos trabalhadores, essas medidas serão eficientes para proteger os empregados.