Pesquisa detecta anticorpos da Covid-19 em pacientes depois de 7 meses

Estudo verificou que 90% dos indivíduos apresentam anticorpos detectáveis de 40 dias a 7 meses após contraírem vírus

Por Da Redação
Ás

Pesquisa detecta anticorpos da Covid-19 em pacientes depois de 7 meses

Foto: Shutterstock

Quando o assunto é o novo coronavírus (SARS-Cov-2), algumas questões ainda não possuem consentimento entre especialistas, a exemplo da imunidade duradoura (ou não) contra a Covid-19 e os casos de reinfecção pela doença. Atualmente, um grupo de pesquisadores portugueses verificou que 90% dos indivíduos apresentam anticorpos detectáveis de 40 dias a 7 meses depois de contraírem a infecção viral, o que comprova alguma grau de imunidade mais duradoura.

O ponto considerado positivo é que a pesquisa, que teve início em março, deve prosseguir, já que os resultados são preliminares e apenas as análises dos próximos meses poderão trazer uma resposta mais definitiva relacionada a duração da imunidade contra a covid-19. Nessa questão, é importante destacar que a humanidade encara a menos de um ano o novo coronavírus.

Sob liderança de Marc Veldhoen, pesquisador do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), a pesquisa completa foi publicada no European Journal of Immunology. Além de detectarem a presença de anticorpos, os estudos que acompanharam aproximadamente 500 pacientes positivos indicam que a idade não é um fator determinante para produção de anticorpos, somente para a gravidade da Covid-19.

Anticorpos auxiliam na proteção

Outra intenção do estudo foi compreender a capacidade neutralizante desses anticorpos contra a covid-19 e, para isso, a equipe teve a colaboração do Instituto Português do Sangue e Transplantação (IPST)."Embora tenhamos observado uma redução nos níveis de anticorpos ao longo do tempo, os resultados dos nossos ensaios de neutralização mostraram uma robusta atividade de neutralização até o sétimo mês pós-infecção em uma grande proporção de indivíduos previamente testados como positivos", destaca Veldhoen

"Nosso trabalho fornece informações detalhadas para os ensaios usados, facilitando uma análise posterior e longitudinal da imunidade protetora ao SARS-CoV-2. É importante ressaltar que ele destaca um nível contínuo de anticorpos neutralizantes circulantes na maioria pessoas com SARS-CoV-2 confirmado. Os próximos meses serão críticos para avaliar a robustez da resposta imune à infecção por SARS-CoV-2 e encontrar pistas para algumas questões em aberto, como a duração dos anticorpos circulantes e o impacto de reinfecção", emenda o pesquisador português.

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