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Pesquisa do Ipea afirma que restrições de mobilidade impactam população ocupada

Medidas foram tomadas para conter avanço da Covid-19

Por Da Redação, Agência Brasil
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Pesquisa do Ipea afirma que restrições de mobilidade impactam população ocupada

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

Um levantamento feito pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que as medidas de restrição da mobilidade impostas para conter a disseminação da Covid-19 afetaram de maneira substancial a população ocupada no Brasil, a partir de abril deste ano.

A informação foi publicada na última segunda-feira (6) em uma Carta de Conjuntura com o tema A Evolução do Emprego Setorial em 2020: Quão Heterogêneo Foi o Tombo entre os Setores? de autoria dos pesquisadores da instituição Carlos Henrique Corseuil, Lauro Ramos e Felipe Russo.

Segundo a pesquisa, os registros administrativos para o setor formal revelam impacto negativo de forma generalizada, mas de intensidade variada nos segmentos. O mais atingido, em termos relativos, foi o setor de alimentação e alojamento, seguido pelo da construção. “Cabe destacar também que, até aqui, a contração nas admissões teve maior relevância que o aumento dos desligamentos para a queda no emprego formal na maior parte dos setores”, destaca a pesquisa.

O pior resultado no crescimento líquido do emprego foi o do setor de alojamento e alimentação, porque, sendo uma exceção, ajustou o emprego tanto nas admissões como nos desligamentos.

Os pesquisadores explicam que, usando os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), juntando o setor informal, foi possível verificar que “os efeitos no nível de emprego por setor são não apenas mais intensos, mas também ocorrem mais cedo, já sendo percebidos em março e de forma mais difusa”.

De acordo com a Carta de Conjuntura, houve impactos também severos no setor de serviços domésticos, caracterizados pela forte presença da informalidade.

O agregado dos primeiros meses de 2020, mostra que houve forte queda do emprego em comparação com o mesmo período do ano anterior. No trimestre terminado em abril de 2020, a Pnad Contínua indicou que a população ocupada no país caiu 3,1 milhões na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

Já os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apontaram também no acumulado de 2020, um saldo negativo de mais de 700 mil empregos formais. As taxas de admissão em março de 2020 superam as registradas em março do ano passado na maioria dos setores. As exceções foram os segmentos de a agricultura e de serviços de alojamento e alimentação. A partir de abril, os impactos da pandemia são mais nítidos, com grandes quedas nas taxas de admissão entre 2019 e 2020 em todos os setores. Segundo os pesquisadores, o fato mais relevante é a acentuada diferença nas comparações interanuais dos meses de março com as de abril e maio.

Na construção, a taxa de admissão, que não sofreu impacto em março, recuou cerca de 4 pontos percentuais entre abril de 2019 e 2020. Houve queda semelhante no setor de serviços de alojamento e alimentação, no qual as admissões em março de 2020 cresceram 4,19%, patamar abaixo do de 2019, e apenas 0,74% e 0,88% em abril e maio de 2020.

Desligamentos

Os dados sobre desligamento por setores de atividade indicam similaridade das taxas registradas em abril de 2019 e 2020, o que difere do padrão encontrado para as taxas de admissão setoriais.

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