Pesquisa registra aumento de preço e redução de peso dos alimentos
Essa medida de redução chamou a atenção da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon)

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Com a pandemia causada do novo coronavírus, o mundo tem sofrido com a crise econônima que tem afetado os mercados em forma de redução de peso de alimentos, guloseimas, produtos de limpeza e de higiene. A diminuição, no entanto, não se reflete nos preços.
Segundo levantamento do O Globo, a batata palha extra fina da Elma Chips teve redução de peso de 16,67%; a aveia em flocos da Yoki, a farinha de aveia integral da Quaker, de 17,5%; a sobremesa Creamy, da Batavo, de 10%; e o refil do Omo líquido também diminuiu 10%.
Essa medida de redução chamou a atenção da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública, que notificou grandes fabricantes, associações das indústrias de alimentos, de limpeza e higiene e de supermercados a prestarem esclarecimentos esta semana.
"A redução de peso não é ilegal. No entanto, é preciso que a embalagem traga essa informação em destaque para que o consumidor não seja induzido a erro. Caso a informação não esteja adequada, os fabricantes terão que retificar as embalagens e poderão ser aplicadas punições", explica Juliana Domingues, diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), órgão da Senacon.
Para a economista Ione Amorim, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a única forma de interromper essa prática é com a mobilização do consumidor. "A única forma de interromper essa prática é o consumidor constranger as empresas, expondo suas marcas", afirma.
A Associação da Indústria de Alimentos (Abia), que responde pela empresa Yoki, diz que as reduções no peso ou quantidade de produtos são definidas pelas empresas, de acordo com a demanda de mercado, pesquisas, mudanças de necessidades e comportamento de compra do consumidor.
Paulo Engler, diretor-executivo da Abipla, que representa as indústria de produtos de higiene e limpeza, ressalta um aumento da procura por embalagens menores, sustentáveis e que possam ser armazenadas facilmente em suas casas.
Em seus posicionamentos, A PepsiCo, empresa que responde por Quaker e Elma Chips, diz que “suas marcas é baseado nas necessidades do consumidor” e que oferece diversos tamanhos de embalagens. A Omo afirmou que a mudança de embalagem foi feita em abril de 2019, seguindo todas as normas estabelecidas pela legislação vigente.