Pesquisadora brasileira ganha Prêmio Mundial de Alimentação, conhecido como 'Nobel da Agricultura'
Mariangela Hungria é pesquisadora há mais de 40 anos na Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária

Foto: Divulgação/Embrapa
A engenheira agrônoma e microbiologista brasileira Mariangela Hungria ganhou o Prêmio Mundial da Alimentação de 2025 nesta terça-feira (13), segundo comunicou a fundação americana que organiza a premiação conhecida como o “Nobel da Agricultura”.
Hungria é pesquisadora há mais de 40 anos na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil.
A pesquisa da engenheira deu origem a novos modelos de tratamento do solo que permitem às plantas obterem nutrientes através de bactérias. Estima que os produtos derivados da pesquisa de Hungria tenham sido usados em mais de 40 milhões de hectares de plantações no Brasil, “economizando aos agricultores até 40 bilhões de dólares (R$ 225 bilhões) por ano em custos de insumos e evitando mais de 180 milhões de toneladas métricas de emissões equivalentes de CO² por ano”.
“A jornada da Dra. Hungria mostra que ela é uma cientista de grande perseverança e visão – características que ela compartilha com o Dr. Norman Borlaug, de Iowa, fundador do Prêmio Mundial da Alimentação e pai da Revolução Verde”, disse a governadora do estado americano de Iowa, Kim Reynolds, que acompanhou a premiação.
“Como pioneira industrial e mãe, a Dra. Hungria também serve como um exemplo inspirador para mulheres pesquisadoras que buscam incorporar ambos os papéis. Suas descobertas e desenvolvimentos levaram o Brasil a se tornar um celeiro global.” O prêmio é concedido a indivíduos que realizam feitos excepcionais na promoção da segurança alimentar.