Pesquisadores avançam no desenvolvimento de terapia para febre amarela
Medida servirá para tratar casos graves da doença e evitar mortes

Foto: Reprodução/Pixabay
A vacina contra a febre amarela salva milhares de vidas anualmente. No entanto, nem sempre a cobertura vacinal na população é total e há determinados grupos que não podem receber o imunizante por causa de possíveis reações adversas. Sem medicamentos disponíveis, a taxa de mortes fica entre 20% e 60% dos casos. Diante do cenário, o desenvolvimento de uma terapia moderna contra a doença pode salvar vidas.
Em ensaios com animais, um estudo, com participação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), demonstrou a eficácia de anticorpos sintéticos contra a febre amarela. Em macacos rhesus, que desenvolvem a doença de forma muito semelhante aos seres humanos, os compostos testados conseguiram impedir o agravamento da infecção e prevenir as mortes.
“É um resultado muito importante porque demonstra que os anticorpos são eficazes num modelo altamente suscetível”, afirma a pesquisadora Myrna Bonaldo, chefe substituta do Laboratório de Medicina Experimental e Saúde do IOC/Fiocruz.
Segundo ela, a próxima etapa do trabalho deve ser a fabricação de um lote de anticorpos, seguindo procedimentos de boas práticas de fabricação, para a realização de testes em humanos. “Se a eficácia for confirmada, será um tratamento muito importante para os casos de febre amarela grave. Pode ser uma ferramenta terapêutica para salvar muitas pessoas”, completa.