Coronavírus

Pesquisadores desenvolvem “capacete-respirador” para tratar pacientes com coronavírus

"Escafandro" desenvolvido pela USP é mais seguro e menos invasivo

Por Da Redação
Ás

Pesquisadores desenvolvem “capacete-respirador” para tratar pacientes com coronavírus

Foto: Divulgação/USP

Uma equipe multidisciplinar formada por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) está desenvolvendo, em parceria com a iniciativa privada, um capacete que, adaptado ao respirador artificial, dispensa o uso do tubo endotraqueal em pacientes internados nas UTIs. 

O protótipo está em fase final de desenvolvimento e deverá estar concluído ainda neste mês de maio. “Trata-se de uma opção menos invasiva, já que em muitos casos pode ser uma alternativa para evitar a necessidade de utilização do tubo endotraqueal introduzido no paciente”, descreve o professor Raul Gonzales Lima, coordenador da iniciativa.

O equipamento, batizado inicialmente como “Escafandro” (por ser parecido com a vestimenta usada por mergulhadores), é composto de uma cúpula redonda de acrílico, por uma membrana de látex que se ajusta ao pescoço do paciente, uma almofada inflável sobre os ombros, e filtros e válvulas de acesso. “O acrílico é um material translúcido que pode ser higienizado até mesmo com bactericidas”, descreve Gonzales.

O capacete tem dois tubos que são ligados ao respirador artificial que funcionam como entrada e saída de ar. O sistema necessita ser conectado a um respirador artificial que faz com que o ar que entra tenha concentração e pressão controlados para melhorar a oxigenação sanguínea.

“Outra vantagem do equipamento é que ele impede a contaminação no ambiente de uma UTI, já que o ar é filtrado. Assim, possíveis partículas da covid-19 não serão dispersadas no ambiente hospitalar, e isso resultará em mais segurança aos que atuam diretamente com esses pacientes”, recorda o pesquisador.

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